Madrugada

A rede balança
Faz frio
A rua
A cidade
Tudo quieto
O vizinho tosse
A grande porta
De vidro e ferro
Reflete a cidade
A luz do poste
Teima em me perturbar
Vejo formas nas nuvens
Um coelho
Rachando ao meio
No silêncio
Percebo a paz
Reflito
Redescubro
Reinvento
Não há nada
Na madrugada
Mas tudo está lá
Inquietante
Misterioso
O que ela esconde?
Todos dormem
Menos eu
E o vizinho que tosse
Tenho dúvidas
Sinto medo
Frio
Solidão
Queria sair
Andar
Vagar sem rumo
Que nada
Vou dormir
Cansei da madrugada

Joe Edman

Comentários

Gladir Cabral disse…
Grande poema, Joe. E grande surpresa poder fazer contato contigo antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente. É interessante que essa coisa chamada tecnologia pode aproximar pessoas e facilitar o contato humano. É interessante também que ela não impede a criatividade, a poesia, pelo contrário.

Parabéns pelo blog.

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