A orkutização do tempo.

Acorda, e mesmo antes do café, senão durante, pega o celular e checa o WhatsApp, olha se tem email e dá uma olhada rápida no Facebook, no Twitter, no Instagram, no Hello e quem sabe até no LinkedIn.

No trabalho, vez por outra, entre uma pesquisada na rede e uma verificada no email da empresa, escapole da rotina e checa "rapidinho" as redes sociais de novo ou pra assistir alguma coisa no YouTube. E isso se repete algumas vezes por dia na hora do almoço, no lanche e antes de fechar de vez o expediente.

De volta em casa, toma banho, ao invés da TV, entra no Netflix e zapeia pra ver as novidades ou pra ver mais uma parte daquela série ou pra terminar aquele filme que ficou faltando um pedaço outro dia.

Antes de dormir, ouve um pouco de música baixinho no Spotify enquanto lê no Kindle mais um capítulo de um livro de ficção científica que o serviço indicou baseado em seus hábitos de leitura.

Chega final de semana e passa a manhã "zerando" aquele jogo "indie" no Steam ou no PS3 ou no mesmo no celular.

Se você se identificou com uma ou algumas destas rotinas. Não se sinta mal. É a Internet entrando em nossa vida e tomando conta de tudo.

Sem que a gente note, vamos achando que cada aplicativo desses é essencial. Não vivemos mais sem. Ou pelo menos achamos...

Realmente não é fácil viver sem. Eu, particularmente, amo cada um desses serviços. Mas o que mais me queixo deles todos é a quantidade de tempo que esses aplicativos e serviços online "roubam" da gente.

E o tempo é caro. Sempre foi.

É justamente da nossa atenção que esses serviços vivem. E quanto mais a nossa atenção eles tem mais dinheiro eles ganham. Preste atenção!

É sábio utilizar esses serviços sem que se seja utilizado por eles. E esse equilíbrio não é fácil. Por isso devemos "vigiar", ser cuidadores do nosso tempo. Sempre atentos, nós devemos encontrar os "ralos" por onde se esvai nossa vida para que um dia quando você olhar pra traz não chore se lamentando:

- Perdi tanto tempo no Facebook...
- O que? No Facebook? Aquele site que fechou?
- É. Igual o Orkut.


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